13 ago 2021

PORQUE PERDER TEMPO COM UM SOFWARE DE SST QUE NÃO SERÁ ÚTIL PARA ATENDER A NOVA NR-01?

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Autor: Dr. Airton Kwitko – kwitko@sigoweb.com.br

Nesse exato momento (agosto de 2021) muitos profissionais de SST estão às voltas com toda sorte de dificuldade contidas nas autodenominadas “soluções” para a SST, disponibilizadas pelos sistemas de folha. 

A incursão desses sistemas por áreas de SST ocorreu em antigos momentos (há 10, 20 anos) em que eram escassas as exigências para atender um mínimo requisitado pela legislação: dispor de um ASO, um PPRA, PCMSO, registrar treinamentos, entregas de EPIs, afastamentos e pouca coisa mais. 

Com isso a adesão de empresas às soluções oferecidas era bem-vista pois em um mesmo “pacote” tinham tudo que precisavam, tanto para controle da folha como da SST.

O tempo passou e o cenário que se apresenta em muito breve (texto escrito em agosto/21) contêm muito mais cobranças do que as citadas acima.

O eSocial exigirá que dados nunca saídos dos muros das empresas vejam a luz das ruas e, mais do que isso, sejam vistos por outros olhos, alguns pouco amistosos. Em poucas palavras: a versão 1.0 é “previdenciária” e vai buscar contradições entre informações sobre graus de exposição a agentes nocivos informados em um Evento, e os próprios informados em outro.

As “soluções” dos sistemas de folha que ficaram em um passado remoto, não têm inteligências para impedir equívocos em definições dos graus de exposição. Esses ocorrem há muito mais tempo do que se imagina mas por estarem “em casa”, sempre ficaram protegidos. Agora aparecerão!

A nova NR 01 vem com o Gerenciamento de riscos ocupacionais (leia-se Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR: inventários e planos de ação), com Análise de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, com a capacitação e treinamento em Segurança e Saúde no Trabalho.

No “embalo” do que vêm fazendo há décadas, sistemas de folha sentem-se na obrigação de seguir entregando à um mercado consumidor o produto que promete as tais “soluções” para a SST.  

É ingenuidade acreditar que analistas de sistema tenham condições técnicas de “pensar” a SST e oferecer soluções otimizadas para as novidades que chegam em breve. Até tentam e disponibilizam meras planilhas eletrônicas rotuladas de “módulo de SST”.

Ainda convencem muitas pessoas mas isso terá um alto custo para empresas que seguirem acreditando que pouco ou nada mudará na SST. Terão que assumir diversos ônus, e um deles é o originado pelo tempo investido pelos usuários nas tentativas de utilizar esses sistemas anacrônicos, que até poderão dar alguma resposta para os envios de eventos de SST ao eSocial, com possíveis contradições mas que só serão sentidas quando começarem os encaminhamentos. 

Entretanto, em janeiro/22 diante das novas NRs não terão soluções otimizadas para o que irão precisar. Falo otimizadas pois é pouco provável que os sistemas de folha reconheçam sua incompetência quanto aos temas e declarem-se inaptos, e por isso mesmo seguirão tentando vender o que desenvolveram, mesmo que não saibam como o fazer.   

Seguirão apostando que suas “soluções” irão atender aos anseios de seus clientes, sem que entendam que os tempos são outros, as necessidades idem, e que meras planilhas eletrônicas entregues para que clientes quebrem a cabeça ao usá-las envolve mais do que aspectos comerciais: são posturas éticas e morais (ou a falta delas) que estão transparentes em querer vender algo que não sabem como fazer, não é de sua competência e que agora ao menos em respeito aos clientes, deveriam se omitir de querer insistir.    

Os fatos irão comprovar em muito breve que empresas perderam tempo e dinheiro investindo em algo inútil e ano que vem precisarão recomeçar do zero, pois o que hoje está contido nas soluções de SST desses sistemas é imprestável.

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